quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Individualidade e o direito de dispor sobre a vida de outros

O bandido do ônibus 174 foi morto pela polícia.

Se esta é a espécie de justiça que desejam, defensores da "tolerância zero" podem dormir o sono dos justos.

Mas parece que os corolários da lei do cão não lhes aprazem da mesma forma.

Então uma outra lei, uma outra responsabilidade para o Estado, a de prender menores e matar pessoas, certamente irá resolver o problema... não.

O que será que torna a vida nos EUA mais segura?

Seria condenar crianças à pena de morte e prender combatentes de 14 anos em Guantánamo ou seriam estas outras características:

- dar álcool a menor é um crime.

- a grande maioria das escolas públicas dos EUA possuem ônibus escolares gratuitos. Não parar o carro quando um ônibus escolar estiver nas proximidades deixando ou buscando crianças pode dar cadeia.

- Dirigir bêbado dá prisão em flagrante. O motorista é obrigado, na maioria dos estados, a fazer o teste do bafômetro ou admite que está embriagado.

- 85% dos americanos adultos fizeram o ensino médio. O percentual na geração que está hoje na escola é ainda maior.

Que tal estabelecer estas regras acima? É dureza respeitar o limite de velocidade por vezes irreal, e é uma afronta à individualidade fazer o teste do bafômetro?

Transporte escolar gratuito parece muito?

Isso é assistencialismo barato do Estado que não vai resolver nada?

As leis americanas quanto a álcool e trânsito são draconianas e paranóicas?

Isso é "passar a mão na cabeça de bandido?"

Então preste atenção nesta estatística:

ACIDENTES DE TRÂNSITO SÃO A MAIOR CAUSA DE MORTE DE CRIANÇAS NO BRASIL

Mais que qualquer doença ou acidente. O segundo lugar também não é uma causa natural, é o assassinato. Uma super-FEBEM parece mais uma receita para matar mais crianças ainda e satisfazer a velha coceira da antiga mão do chicote do pelourinho.